A Psicoterapia de curta duração surgiu por uma necessidade do nosso tempo, necessidade econômica, de focalização e de agilidade, sem, no entanto, perder a qualidade. Essa técnica, muito pesquisada ultimamente pelas diversas linhas de pensamento da psicologia, incluindo a Gestalt-Terapia, tem indicações próprias e uma duração delimitada pela vontade e necessidade do cliente.
O principal objetivo da Gestalt-Terapia é resgatar o potencial de crescimento e recursos de saúde do cliente, buscando clareza de como a pessoa está reagindo ao mundo. Tomar consciência de si mesmo, das fraquezas e potencialidades é o primeiro passo na busca por mudanças, para depois disso poder decidir o que quer fazer e de que forma. Os problemas psicológicos aparecem quando os comportamentos são automatizados, produzidos por metas e expectativas de outras pessoas ou relacionados a antigos valores, hábitos e costumes que já não servem mais, afastando o ser humano de sua verdadeira essência.
Nessa abordagem o papel do terapeuta é ativo, promovendo uma profunda exploração de quem é o cliente e quais são seus recursos e dificuldades, ajudando-o a ver, ouvir, sentir, fazer, pensar e estar no mundo a partir de uma postura que traga bem-estar na relação consigo mesmo e com a sociedade. Não é a mudança da personalidade que está em jogo, mas sim a postura perante as questões da vida e da existência. O organismo utiliza o que estiver a seu alcance na busca de equilíbrio, e a psicoterapia pode ajudar na conscientização daquilo que ajuda ou boicota o crescimento.
A Gestalt-Terapia, tanto de curta quanto de longa duração, acredita no potencial de crescimento das pessoas e entende a saúde como a sincronia entre o que pensamos, sentimos e fazemos.
“A TERAPIA É POR DEMAIS BOA
PARA SER LIMITADA AOS DOENTES”
Erving e Miriam Polster